Sim, ela estava ali, ao alcance de suas mãos.
Pedro mal podia acreditar em tal alvura estendida em seus lençóis.
Aguardara por aquele momento por tantos dias quanto se pode esperar por algo igualmente grandioso e destruidor. Desde o dia em que a encontrara em casa de Madame Margot, a desejara. A desejara intensamente, desde o primeiro momento em que a vira. A desejara mesmo quando a sabia nos braços de outros, tantos. Quantos de seus amigos já se haviam deitado em cama dela? Quantas vezes não estiveram com ela em tão feérica lascívia que se mantiveram ao alcance de um olhar mais prolongado? Por quantas vezes, se apurasse ou ouvidos, não poderia ter ouvido os sussurros daquela que lhe povoara sonhos e amores solitários por tanto tempo?
Mas agora a teria. A teria com tanto desejo quanto se este pudesse ser chamado de ....Não, não pensaria agora em sentimentos, não se arriscaria a falhar com ela como Carlos havia feito. Sabiam-na imensa e em sua presença, a lascívia se vestia em medo.
Sabia-lhe detalhes, preferências, vontades. Seus amigos lhe haviam contado, lhe houveram rido, lhe houveram humilhado, mesmo sem saber. Mas agora, em presença dela, lhe descobrira algo que ninguém havia contado. Ao tomar suas mãos e brincá-las em seu rosto, lhes descobriu um perfume, um perfume que era ela toda mas que parecia se concentrar nas pontas dos dedos. Teriam perfume, os seus olhos? Aqueles mesmos olhos que tantos versos lhe inspiraram, marejantes olhos a lhe contar receios? Que mulher era aquela, meu deus, que tinha perfudas as pontas de seus dedos?
Poderia passar as próximas horas ali, apenas tentando lhe adivinhar este cheiro, descobrindo-o pelas partes de seu corpo, em sua nuca, nas voltas de seus ombros, por entre as suas coxas.
A enfim proximidade dela lhe era vertigem, uma ânsia dos sentidos.
Passeou o olhar pelo seu corpo, o movimento de seus seios em respiração, olhou-a nos olhos e tomou-a pelas ancas. Tomou-a pelas ancas com força, diria-lhe palavrões, fariam-se macho e fêmea sem abstrações, sua boca devoraria o corpo todo dela, lasso, másculo. E como animal embriagado se entranhou em seus cabelos, puxando-os para trás para olhar-lhe um último instante antes de beijá-la e morrer, sabendo, agora, que ela cheirava a baunilha e jasmim.
Pedro mal podia acreditar em tal alvura estendida em seus lençóis.
Aguardara por aquele momento por tantos dias quanto se pode esperar por algo igualmente grandioso e destruidor. Desde o dia em que a encontrara em casa de Madame Margot, a desejara. A desejara intensamente, desde o primeiro momento em que a vira. A desejara mesmo quando a sabia nos braços de outros, tantos. Quantos de seus amigos já se haviam deitado em cama dela? Quantas vezes não estiveram com ela em tão feérica lascívia que se mantiveram ao alcance de um olhar mais prolongado? Por quantas vezes, se apurasse ou ouvidos, não poderia ter ouvido os sussurros daquela que lhe povoara sonhos e amores solitários por tanto tempo?
Mas agora a teria. A teria com tanto desejo quanto se este pudesse ser chamado de ....Não, não pensaria agora em sentimentos, não se arriscaria a falhar com ela como Carlos havia feito. Sabiam-na imensa e em sua presença, a lascívia se vestia em medo.
Sabia-lhe detalhes, preferências, vontades. Seus amigos lhe haviam contado, lhe houveram rido, lhe houveram humilhado, mesmo sem saber. Mas agora, em presença dela, lhe descobrira algo que ninguém havia contado. Ao tomar suas mãos e brincá-las em seu rosto, lhes descobriu um perfume, um perfume que era ela toda mas que parecia se concentrar nas pontas dos dedos. Teriam perfume, os seus olhos? Aqueles mesmos olhos que tantos versos lhe inspiraram, marejantes olhos a lhe contar receios? Que mulher era aquela, meu deus, que tinha perfudas as pontas de seus dedos?
Poderia passar as próximas horas ali, apenas tentando lhe adivinhar este cheiro, descobrindo-o pelas partes de seu corpo, em sua nuca, nas voltas de seus ombros, por entre as suas coxas.
A enfim proximidade dela lhe era vertigem, uma ânsia dos sentidos.
Passeou o olhar pelo seu corpo, o movimento de seus seios em respiração, olhou-a nos olhos e tomou-a pelas ancas. Tomou-a pelas ancas com força, diria-lhe palavrões, fariam-se macho e fêmea sem abstrações, sua boca devoraria o corpo todo dela, lasso, másculo. E como animal embriagado se entranhou em seus cabelos, puxando-os para trás para olhar-lhe um último instante antes de beijá-la e morrer, sabendo, agora, que ela cheirava a baunilha e jasmim.